quarta-feira, 1 de abril de 2009

A purificação financeira global submete o homem ao caminho da verdade





A retração do consumo, a intervenção dos governos no sistema financeiro, os mercados em queda, as ações de protecionismo, os riscos de inflação, o desemprego em alta são fatores que levam os especialistas a afirmar que, atualmente, o homem vive a pior de todas as crises econômicas mundiais.

por Ana Cristina Stabelito, em 24/mar/2009

Segundo a Organização Mundial do Comércio – OMC, o comércio global deve encolher cerca de 9% este ano.
Na França, estão ocorrendo diversas manifestações para proteção do emprego.
Nos Estados Unidos, a taxa do desemprego alcançou 8,1%, o maior índice em 25 anos.
A redução do consumo fez com que mais de trezentos restaurantes fechassem suas portas na Argentina.
As mineradoras australianas estão reduzindo os investimentos e demitindo seus funcionários.
As fábricas chinesas estão fechando suas portas e fazendo com que os trabalhadores retornem às zonas rurais.
O governo alemão prevê que a economia encolha 2,25% em 2009.
Na Índia, a agricultura foi um dos setores que mais reduziu seu crescimento.
Em janeiro, as exportações japonesas caíram 45,7%.
A Itália decresceu 1,8%.
A África do Sul, após dez anos de crescimento, também viu sua economia decrescer 1,8%.

Esse é o contexto do mundo na atualidade.
Do ponto de vista espiritual, pode-se afirmar, sem margem de dúvida, que o ser humano está vivendo a maior de todas as purificações financeiras.
E como toda purificação é positiva, apesar de gerar desconforto, preocupação e até sofrimento, alguns fatores os levam a perceber bons indícios para o futuro.

Afinal, especular se tornou algo temeroso para a maior parte dos investidores internacionais, falsificar ativos “nem pensar”, a corrupção começa a ser combatida em todos os cantos mundo, os “ismos” estão sendo varridos do cotidiano – tanto o capitalismo como o socialismo extremo estão enfraquecendo progressivamente, o que se houve falar é a superação das economias que crescem com lastro.
Além disso, os ricos estão tendo que, obrigatoriamente, reduzir o consumismo supérfluo, enquanto os pobres estão sendo “olhados” como consumidores de grande potencial.

Por isso, para crescer (ou sobreviver), é preciso investir nas pessoas pobres e também nos países pobres.

Parece que o mundo está acordando de uma grande ilusão, onde sistemas econômicos e ideologias sociais pseudoverdadeiras desmoronam por todos os lados.

Assim, assustada diante de tamanha purificação, a humanidade começa a buscar algo que há muito se perdeu nos valores das diversas culturas globais: a verdade.


Meishu-Sama (Mokiti Okada)
ensina que “para analisarmos qualquer problema, é necessário saber diferenciá-las (verdade e pseudoverdade), pois esta distinção exerce enorme influência sobre o resultado da análise.

Muitas vezes, a pseudoverdade passa por verdade e as pessoas comuns não as percebem. A pseudoverdade desmorona com o passar dos anos, porém a verdade é eterna.

Quando surge uma nova teoria ou se faz alguma descoberta, as pessoas acreditam se tratar da maior de todas as verdades; todavia, com o aparecimento de novas teses e descobertas, é comum que aquelas venham a ser superadas.

Apesar da distinção entre a verdade e a pseudoverdade caber aos intelectuais e aos dirigentes de cada época, raros são aqueles que têm esse poder de discernimento.
Às vezes, a pseudoverdade pode ser mantida por longo tempo.
O absolutismo e o feudalismo usaram-na como verdade.

O mesmo se pode dizer em relação ao fascismo de Mussolini, ao nazismo de Hitler e ao ‘hakkoiti-u’ (‘fazer do mundo uma só casa’) de Tojo.”

Esta crise mundial leva à crença de que qualquer ação que não esteja baseada na verdade, de agora em diante, terá seu lado falso rapidamente descoberto, escancarado para toda a humanidade em questão de segundos.

Portanto, em qualquer campo da atividade humana, não existe outro caminho senão aquele que utiliza a verdade como princípio original.