segunda-feira, 10 de março de 2008

Por que IZUNOME?

Este é o primeiro número da revista IZUNOME, que vem substituir o JORNAL MESSIÂNICO.
Izunome é a palavra escolhida por Meishu-Sama para designar o princípio equilibrado, que não
tende para nenhum dos dois lados extremos ou opostos de uma mesma questão, porque contém em
si a característica de cada um desses dois aspectos. O termo foi extraído do nome de um dos deuses
do panteão xintoísta, Izunome no Ookami que, segundo Meishu-Sama, representa simultaneamente
a atuação do Fogo e da Água.
Observando-se a realidade, verificamos que estão sempre presentes dois princípios ou situações antagônicas:
vertical-horizontal, quente-frio, doce-salgado, norte-sul, oriente-ocidente, conservador-progressista, espírito-maté-
ria, etc. Do ponto de vista da ação humana, é comum cada pessoa tender para um dos dois lados. Isto pode ser
melhor compreendido se nos valermos de dois conceitos de origem budista utilizados por Meishu-Sama, chamados
“Daijo” e “Shojo”.
“Daijo” ilustra o aspecto horizontal da vida e “Shojo”, o vertical. Aatividade de “Daijo” é semelhante à da água,
que se estende perpetuamente em nível horizontal; a de “Shojo” é semelhante à do fogo, que, restrito, queima em
profundidade e dirige suas chamas sempre para o alto. Assim, “Shojo” une o homem a Deus e “Daijo” une irmão
com irmão.
O princípio de “Shojo” é estrito e intransigente. A vida das pessoas com temperamento “Shojo” é regida por
padrões freqüentemente rígidos e restritos. O indivíduo “Shojo” tende a ser mais crítico do que os outros, e a classi-
ficar as coisas como “boas” ou “más”.
Os indivíduos de temperamento “Daijo” são geralmente liberais, e estão sempre dispostos a mudar. Por outro
lado, podem tender a um liberalismo excessivo, faltando-lhes uma orientação espiritualmente profunda.
“Izunome” simboliza a cruz equilibrada, indicando a perfeita harmonia entre os princípios horizontal e vertical.
Em termos culturais, até a era atual o Leste se manteve vertical e o Oeste, horizontal. Os povos orientais mos-
tram-se mais inclinados a reverenciar o culto aos ancestrais, a virtude da lealdade e a piedade filial. Por isso, mantém
um estrito sistema hierárquico. No Oeste, enfatiza-se a afeição entre marido e mulher, expandindo o amor ao próxi-
mo e a toda a humanidade. O cristianismo é “Daijo” e, assim, difundiu-se pelo mundo inteiro. Nele se acentua a
importância do amor fraterno, atividade horizontal. O budismo é “Shojo”; sua essência fica restrita a grupos especí-
ficos; acentua-se a importância da meditação, com o fim de alcançar a sabedoria e a auto-realização. Essa atividade
é vertical – profunda e dirigida para o alto – e induz seus discípulos a viverem retirados do mundo.
É chegado, contudo, o momento de os princípios vertical e horizontal se harmonizarem, para formar a cruz
equilibrada – “Izunome.” O resultado será uma feliz união das civilizações oriental e ocidental. Só então a humani-
dade poderá viver o Paraíso na Terra.
Este princípio “Izunome” está explícito no próprio emblema da Igreja Messiânica Mundial, cuja finalidade é o
estabelecimento do Paraíso Terrestre, criando e difundindo uma cultura espiritual que se desenvolva lado a lado
com o progresso material, promovendo assim a salvação espiritual e material do ser humano. Portanto, esta é a
razão da escolha do nome desta revista, pois seu objetivo é a divulgação das ações da Igreja Messiânica Mundial do
Brasil e de suas entidades coligadas, em prol de um novo paradigma para a civilização atual.
Boa leitura!