sexta-feira, 3 de abril de 2009

Enaltecer as ações positivas leva à prosperidade



Definitivamente, o negativismo está em baixa. Além de afastar as pessoas, afugenta o sucesso. Atrai apenas a pobreza – espiritual e material.

por Ana Cristina Stabelito, em 10/fev/2009

É comum ouvir os indivíduos reclamando dos infortúnios a que são submetidos. Também é usual ouvir reclamações de atitudes negativas executadas pelas outras pessoas e das quais o reclamante é “sempre” a maior vítima. Por que será que isso acontece?

Da mesma forma que enxerga e critica os defeitos e más atitudes alheias, o ser humano tem o hábito de se vangloriar das vitórias e conquistas alcançadas por ele próprio. Sintetizando: enaltece o “pior” nos outros e o positivo em si mesmo.

Faz mais que isso: esquece as coisas boas que os outros lhe fazem, guarda apenas as negativas (além de transformá-las em mágoas e outras doenças).

Em paralelo, faz exatamente o inverso no que se refere às suas ações: imprime na memória os feitos, e glórias; deleta o mal que causou ao próximo.

Materialmente, lembra-se apenas do que lhe é conveniente e lhe faz bem para o ego. Mas, espiritualmente, todas as suas ações (tanto negativas como positivas) ficam registradas com uma justiça ímpar.

Conta uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, num determinado ponto da viagem, discutiram. O amigo ofendido, sem nada dizer, escreveu na areia: HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

Seguiram e chegaram a um oásis, onde resolveram se banhar. O que havia sido esbofeteado começou a se afogar, sendo salvo pelo amigo. Ao se recuperar, pegou um estilete e escreveu numa pedra: HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU MINHA VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou: – Por que depois que lhe bati você escreveu na areia e, agora que lhe salvei, escreveu na pedra?

Sorrindo, o outro respondeu: – Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém, quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória e do coração; onde vento nenhum do mundo poderá apagar.

Muitas vezes, também não basta ao homem cumprir bem determinada tarefa ou ser protagonista de uma atitude nobre (que fica menos nobre ser for divulgada) se não ganhar aplausos do seu semelhante. Tem necessidade de partilhar seus méritos com o próximo para receber o devido reconhecimento.

Meishu-Sama ensina que “orgulho, mania de grandeza, pedantismo e vaidade produzem efeitos negativos. O ponto fraco do ser humano é gostar de se exibir, tão logo comece a se elevar socialmente.” Com isso, “a pessoa começará a se tornar impertinente e desagradável, embora não tome consciência do que lhe ocorre”.

Ele ensina que o segredo da prosperidade é agradecer em qualquer circunstância, não se apegar a fatos aparentemente ruins que marcaram a vida, desvencilhar-se deles com sabedoria e flexibilidade, olhar o lado positivo das coisas sempre, acumular méritos e virtudes, ganhando a gratidão do próximo e a confiança de Deus.

Porque se obter a confiança e a admiração do próximo já é extremamente benéfico, “um tesouro” como afirma Meishu-Sama, “obter a confiança de Deus é algo de valor inestimável”. “Se a conseguirmos, tudo correrá bem e teremos uma vida repleta de alegrias.”

Esta receita para se tornar uma pessoa próspera é absoluta e infalível. Como se fala popularmente: “é chutar para o gol e correr para o abraço”. Não tem como errar.